sábado, 21 de junho de 2014

Salvador é doce, meu rei! - 9º dia de copa;

9º dia de copa;


“Quem disse que a Costa Rica é a zebra da copa? O fato desta seleção obter duas vitórias consecutivas, sobre dois países, que juntos somam seis títulos mundiais, como no caso, Uruguai e Itália, é apenas não admitir o despreparo em relação às observações na qual a mídia esportiva brasileira deveria se situar. Porém, se os jornalistas brasileiros ao invés de ficar penteando o cabelo cada vez mais ridículo do Neymar, bem como, ficar beijando as arrogâncias do Felipão, estivessem antenados seis meses antes com a tática de cada um dos selecionados que aqui estão, não haveria hoje necessidade de dizer que nossa mídia esportiva brasileira levou toco, comeu mosca, e que deveria humildemente procurar se reciclar, renovar os conceitos, pois ainda estão na época do Maracanazzo. Hei, acorda!

Já diz o ditado baiano: ‘Salvador é doce, meu rei!”. Pois, sim. Nesta copa a capital baiana, terra de Gregório de Matos – o boca do inferno –, tem deixado certos torcedores em plena alegria na alma; foi o caso dos holandeses, alemães e agora, franceses, estes que meteram um chocolate baiano em cima dos suíços. Cuidado com a França! Bom, Caymmi já dissera: ‘É doce morrer no mar’; e no caso de Salvador, num mar de fonte nova.

Agora! Encantado mesmo eu fiquei ao ouvir a narração de um locutor espanhol no momento do apito final do último jogo no Maracanã. O cara agradeceu fervorosamente a todos os jogadores que vestiram o uniforme espanhol, referenciando os dois títulos europeus, bem como, o último mundial, tudo isso num período de quatro anos, não esquecendo inclusive do técnico Luis Aragonés, falecido ainda este ano. Bonito de vê – um legado a mais para nós brasileiros, que ficamos a todo instante berrando ‘É hexa!’, como se isto fosse a luz no fim do túnel.




Pra terminar, fica aqui a referência a outro belo legado, este agora advindo das mãos dos jovens da terra do sol nascente, quando estes, no fim de cada partida, cata tudo quanto é lixo produzido por eles durante o evento. Ao ser indagada sobre o fato, uma jovem japonesa respondeu assim: ‘Isso em nossa terra é algo comum, seja na escola, na praça, no cinema, no teatro, ou num campo de futebol; fomos educados assim’.
Por essas e outras que costumo divulgar que a copa do mundo no Brasil, por ser um grande encontro entre culturas, também pode ser uma grande aula cultural, é só reparar!


Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica Literária


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