7º dia de copa;
“O que passa na cabeça do sujeito
ao vaiar o brasileiro Diego Costa, quando este veste a camisa espanhola?
Engraçado, eu não vi ninguém vaiando o Felipão quando o mesmo vestira de corpo
e alma a camisa lusitana, seria o bigode? Pois já versava Drummond, ‘O homem
atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Têm poucos, raros
amigos’, porém, pelo jeito, o nosso carrancudo tem muitos amigos, talvez até
mais se levantar o caneco, ou até menos se tiver alguma pedra no meio do
caminho.
Uma coisa é certa: a seleção camaronesa
é uma escola de samba do terceiro grupo – os caras só pensam em ‘bicho’, em
grana, money, mas futebol que é bom... E sendo assim, após a goleada da Croácia
sobre eles, só resta admitir que na segunda vai pintar uma nova goleada – será?
Ou vai ter moqueca de camarões ou vai sangrar a galinha caipira da vizinha.
E a laranja mecânica, hein? Vai
mui bem, obrigado! Desta vez foi a turma da terra dos cangurus, embora tivesse
estes, o apoio canarinho nas arquibancadas, mas como torcida não ganha jogo,
deu Holanda novamente. Que beleza!
Foram quatro anos de hegemonia
total e irrestrita. Como escrevera Mauro Beting, a Espanha de Xavi e Iniesta
ensinou o mundo a jogar futebol com a bola nos pés, porém, esqueceu de jogar
como a própria Espanha, mesmo assim, os amantes da arte do futebol agradece
esta geração espanhola, pois como dissera Vinícius, ‘Que não seja imortal,
posto que é chama,Mas que seja infinito enquanto dure’; e infinito foi pela
beleza de reavivar o futebol no mundo, pois para vencer os ibéricos, o mundo
teve que se renovar.”
Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica
Literária
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