segunda-feira, 16 de junho de 2014

Quem foi mesmo que pariu o hino à capela - 5º dia de copa;

5º dia de copa;

“Já versava Dorival Caymmi, ‘Você já foi a Bahia, nega? Não, então vá, então vá, então vá’, pois bem, na terra da felicidade, como descrevera Ary Barroso, holandeses e alemães fizeram carnaval fora de época – e haja loira gelada a fim de parar a alegria destes povos nada frios em Terra de Vera Cruz – é uma goleada após a outra. E viva a Bahia, pois em se plantando tudo dá.




Agora o que não dá mesmo pra engolir é essa aversão que certos brasileiros têm em relação à terra adorável de Camões, Eça, Florbela, Pessoa e Saramago, pois o que houve de ‘chupa aí Portugal’, postado por tupiniquins não foi brincadeira, e até vaias para o craque Cristiano Ronaldo. Ora, pois! Agora, o animal passa a vida toda vendo só pela TV o craque português, e quando chega tal oportunidade, ao vivo e a cores, olha o que ele faz? É brincadeira – coisa de brasileiro!




E pra fechar, ainda tem gente comentando e discutindo sobre qual seria a regionalidade que pariu a tão aclamada capela do hino nacional. E o engraçado é que o mesmo sujeito que cantarola a capela antes do jogo, muitas vezes é o mesmo que sonega impostos, avança o sinal de trânsito, fura todas as filas, curte filme americano, adora sentar no sofá de frente ao Faustão, e ainda é fã incondicional do Galvão Bueno, pode Freud?


Por Robson Luiz Veiga

Mestre em Literatura e Crítica Literária

Nenhum comentário:

Postar um comentário