2º dia de copa;
“Uma coisa temos que admitir:
grande parte daqueles que vaiaram o jogador Diego Costa durante todo o jogo,
são os mesmos que ouvem dia e noite a musicalidade americana, tendo em si,
aversão ao cinema brasileiro; já a outra parte, costumam ouvir um tal de ‘lepo,
lepo’, 25 horas por dia. Agora, convenhamos, o Diego Costa é brasileiro, sim,
que talvez até tenha estudado arte cênica com Fred, pois o modo como ele
desabou na grande área já fora visualizada um dia anterior em Itaquera.
Mas o bom de tudo isso foi o
Showcolate holandês em plena terra do acarajé. Seria este o ano da laranja
mecânica? E o melhor ainda foi a sopa que levou a mídia esportiva brasileira,
aliás, é normal a mídia esportiva brasileira levar sopa em matéria de futebol.
De resto, ficou claro que o
México vai dar trabalho; que a Austrália é continua sendo um grande saco de
pancada; e que os camaroneses deveriam se preocupar menos com o bicho e mais
com a bola, e que se continuar assim, os amigos de Eto não irão tomar nenhuma
caninha, pois não haverá dancinha etoriana em solo brasileiro.
O bom de tudo neste segundo dia
de copa do mundo foi a fala do pai daquele garoto meio leso, meio bobo, meio
tosco, de classe média, ao dizer ao filho que manifestação se faz de cara
limpa, e não mascarado em forma de bandido nas ruas – digno de nota, num exemplo
que deveria ser seguido à risca por outros pais.
Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica
Literária
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