sexta-feira, 27 de junho de 2014

Hoje não teve bola rolando, mas teve conjecturas no ar - 16º dia de copa;

16º dia de copa;


“Depois de 15 dias de copa, hoje foi dia de descanso, antes da chegada das oitavas de final que tem início a partir de amanhã, quando as emoções se afloram novamente. Tirando isso, hoje foi dia de conjecturas por parte de comentaristas que querem de qualquer forma escalar a seleção de Felipão. E não é que o carrancudo está quase engolindo os anseios da imprensa? Ao que tudo indica haverá alterações no meio e possivelmente em uma das laterais. Está valendo aquele ditado: água mansa em pedra dura tanto bate até que fura. Agora, vai que... de repente, mais do que de repentemente, o Fernandinho joga contra o próprio patrimônio – goooool... é contra... é de Fernandinho... é do Chile! O jeito será isentar o Scolari por mais uma burrice da mídia esportiva brasileira, depois de tantas outras.




Mas Deus é brasileiro, como diz o outro, embora o Papa seja argentino. Neste caso, valendo-se do Chile apenas dos versos de Neruda, e não sendo estes nossos vizinhos, creio que não haverá misericórdia: os meninos da terra de Drummond irão passar fácil. Mas caso fique pelo caminho, tudo bem, é só mais um jogo de futebol: a vida continua, como imortais são os versos de Neruda e Drummond.

O lamentável da copa até agora, indiferente à mordida do Suárez, bem como, o vexame dos africanos que mais se preocuparam com as contas bancárias do que jogar futebol, foi mesmo aturar a imbecilidade do Galvão Bueno e seu amor eterno e infantil por parte do garoto Neymar. Geralmente, a fim de fugir deste lado torpe galvaniano, ligo o rádio enquanto assisto aos lances pela TV. É gostoso viajar pelas ondas do rádio, pois se o jogo está morno, o rádio refaz a velocidade, como num romance, ao misturar o real à ficção, e no dizer do radialista, a bola passou rente à trave, tirando tinta do poste, embora, bem sabemos pelo replay, que a bola passou tão longe quanto o sertão virou mar. Mas isto faz parte do jogo, faz parte do show!


Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica Literária



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