Eu tenho uma leve impressão que estamos por aqui apenas de passagem: “passageiros de algum trem”. Que entramos neste bonde numa determinada estação. Que andamos por vários vagões durante a longa ou breve jornada. Que ora estamos do lado direito, ora do lado esquerdo... ora no corredor, ora estamos na janela, e que a qualquer momento, em qualquer estação, podemos saltar deste trem, esperar por um tempo e depois entrar em um outro trem, e assim vamos, como no ciclo das quatro estações, onde nem tudo são flores, e a primavera não é eterna, enquanto é claro, por aqui estivermos, pois, embora haja momentos de extrema felicidade, também há momentos em que caímos, levantamos, tornamos a cair, e até choramos. Mas vejamos pelo lado bom das coisas, não há mal nenhum em chorar. É no descer das lágrimas que paramos a pensar que podemos atravessar o rio.
Assim, enquanto nosso minúsculo
planeta transcorreu ao redor do sol, num movimento milimetricamente arquitetado
por um ser superior, você também caminhou milhas e milhas na soma das variadas
manhãs. Neste percurso, deu tempo de avaliar e reavaliar tuas ações, teus
falares, teus pensares, e até tuas omissões. Será? Pena que no correr do mundo moderno
esquecemos até de bater um bom papo com a lua, de contar as estrelas, de beijar
as flores, de molhar o rosto com a água do orvalho que beira logo ali na
varanda.
Já parou a pensar na existência?
Melhor não! Deixemos isto por conta da filosofia. Agora é hora de acender as
velinhas, contar nos dedos as primaveras que se passaram, abraçar os amigos,
quem sabe até mandar um cartão postal aos inimigos, “olha, estou aqui, de bem
com a vida, em paz com o mundo e com muita vontade em ser feliz!”, e agradecer
em cânticos e louvores ao Criador por mais um bolo a ser repartido. Afinal,
felicidade ficou pra ser repartida, compartilhada.
De quem será o primeiro pedaço? Creio
que isso não importa, pois muitas vezes os últimos serão os primeiros. Virtualmente,
poderia dizer que um sorriso teu já bastaria, pois o sorrir alegra qualquer
espírito, enquanto mostra que a paz se faz presente, mesmo na ausência, na
outra margem do rio.
Por isso, sempre ao deitar, depois
de um longo dia, em que o sol deu as caras, sorriu pra ti, iluminando os teus
caminhos, é hora de perguntar a si mesmo, como num monólogo interior – será que
sou merecedora do dia de amanhã? Só você pode responder tal indagação...
Então, sendo hoje o teu dia, “que a
felicidade puxe uma cadeira vagarosamente e encoste-se alegremente ao teu lado
para sempre”. E ao anjo bom que está do teu lado, você possa dizer com a voz do
silêncio, enquanto todos ao redor cantam os parabéns, “obrigado, Senhor, por
mais trezentos e sessenta e cinco oportunidades que terei ao longo dessa
estrada a cada nascer do sol”.
Obrigada.
ResponderExcluirmto lindo, adorei , bjus
ResponderExcluirQUE LINDO AMEIII OBRIGADA PELO CARINHOOO♥
ResponderExcluirEu diria...mais q perfeito...!!!..Obrigada,mto obrigada..!!!
ResponderExcluirmui grato minha querida, grande abraço!
ExcluirObrigado, Robson. Belo, belo.
ResponderExcluirobrigado . muito bom
ResponderExcluirOlá Robson..
ResponderExcluirMuito Obrigada pelo carinho e o toque do afeto tão vital pra todos nós..Lindíssimo teu texto, tocante!!!
Obrigada Querido Amigo!
Grande Abraço,
Lecy'ns
Obrigado amigo uM abraço em sua alma linda
ResponderExcluirLindo texto. Obrigada Robson, terei sempre uma cadeira ao meu lado, reservada pra voce.
ResponderExcluirRobson, mi agradecimiento desde Lanzarote. Un abrazo.
ResponderExcluirfelicidades mil;
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