sábado, 26 de fevereiro de 2011

contemplando o belo artístico produzido pelo homem...

Para muitas pessoas, a vida segue, como se passasse um bonde na autoestrada a pedir carona à contemporaneidade. Bem, não é tão simples assim. Sabe quando você está viajando numa estrada reta, e do lado da janela à direita você apenas contempla o mato verde que se espalha ao infinito que está do seu lado, sendo, pois, sem clarividência o outro lado, portanto, o esquerdo. Vai que de repente, o lado oposto não tenha apenas mato verde, mas rios, montes, árvores frutíferas, flores, pássaros e cores, muitas cores. E se deste mesmo lado tiver um belo arco íris?Já parou para contemplar o arco íris? É o que nós chamamos do belo artístico da natureza. Mas, o papo aqui é outro. Vim falar do belo artístico produzido pelo homem, como postulava o filósofo alemão, Hegel, em suas postulações a respeito do estético na arte. Que pena, que muitos jovens brasileiros, inclusive estudantes, não foram educados a contemplar o belo artístico produzido pelo homem. Quando digo que não foram educados, digo que as nossas escolas não educam os nossos jovens a saber valorizar e contemplar o belo na arte, talvez, até porque, muitos gestores, professores e pedagogos, pensam ser a escola, um espaço entre quatro paredes, apenas, onde o belo artístico, muitas vezes, é até proibido de ser contemplado e divulgado, ou mesmo estudado. Uns até dizem ser perda de tempo, são “bobagens”. Fazer o quê? Já pensou se os nossos jovens fossem educados a contemplar e valorizar o belo numa pintura, numa escultura, numa música, na dança, no teatro, na literatura e no cinema? É lógico, que o nosso país, não seria apenas penta campeão do mundo em matéria de futebol. Seríamos muito mais do que isso. Sendo assim, me encantei quando estava no pátio de uma determinada escola com um livro nos braços quando fui abordado por uma jovem estudante. “E aí, professor, tá lendo o quê?”. Logo de cara percebi certo interesse, deixando deslizar o livro em suas mãos. “Que legal, já ouvi falar deste livro, mas ainda não tive oportunidade de ler”. O livro continha quase quinhentas páginas. “Se quiser ler, eu te empresto, depois você me devolve, que eu continuo a leitura”. Ele hesitou um pouco. Olhou para capa, parecendo gostar. Procurou a sinopse, não havia. Contou mentalmente a quantidade de páginas. Depois resolveu. “O problema é que vou atrapalhar a sua leitura”. Disse que não havia nem problema em ler depois, pois havia mais livros na lista de espera, além do mais, livros não foram feitos a ficar nas estantes, antes de tudo, livros foram feitos a passar por mãos e mãos. Tem gente que sofre de certo mal: trancafiar o livro depois da leitura em uma determinada estante, como se fosse uma coleção de porsche, a fazer inveja aos demais. Os livros têm que caminhar. Costumo fazer assim com todo bom romance que leio: passo pra frente, afinal, eu já li, e de que vale um livro na estante. Pior são até aqueles que além de não ler, ainda travam as leituras nas prateleiras. Que pena! Mas, como estava dizendo, acabei emprestando o tal livro ao nosso jovem, que acabou me devolvendo, logo cedo, no outro dia, na primeira aula. Pensei comigo – poxa! Não foi desta vez... Mas, para minha surpresa e alegria, o nosso jovem comeu todas as quinhentas páginas durante à tarde do dia anterior; durante à noite; durante à madrugada. Os olhos do coitado estavam até vermelhos, cansados, moribundos. Mas creio ter valido à pena. “Professor, não tem aí mais um livro deste pra me ler”. Creio que ele pronunciou ler, mas cá pra nós, ele havia é devorado, comido o livro. Como num deleite de frente ao belo artístico humano. Ah! Agora caro leitor que saber o nome do livro, não é? Te conto na próxima resenha, ok.

Profº. Robson Veiga
Mestrando Puc Go
Literatura e Crítica Literária

Um comentário:

  1. Me encantó... de verdad es muy bueno.
    Y esperaré la próxima reseña para saber el nombre del libro que leyó el joven.
    Gracias por compartir.

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