sábado, 29 de setembro de 2012

De "vândalos" a Educadores!!!



Educação é tudo, este é o lema a partir de agora em Rondon do Pará, 
através da mudança das práticas discursivas e governamentais. 


Nos últimos doze anos, os educadores de Rondon do Pará caminharam por duas estradas opostas, excessivamente diferentes, notoriamente distintas. 

Na primeira estrada, a mais longa, durando exatamente uma década - foi marcada por um regime excessivo de greves, praticamente uma por ano, devido a relação não amistosa que evidenciou a gestão municipal com relação ao  sindicato dos profissionais de educação. Um período de abuso de poder, repressão, ditadura e desrespeito e descaso com a educação. 


(luto)




A segunda estrada, trilhada apenas neste últimos dois anos, várias ações marcaram por parte da gestão pública municipal a diferença acima citada, entre muitas, podemos destacar a aprovação do plano de carreira, uma luta incansável do sindicato por mais de  uma década, os reajustes salariais sem a necessidade de paralisação, os abonos salariais, reformas e construção de escolas municipais e estaduais. 


(respeito - alegria)




É inegável a diferença entre os dois modos de governar, em relação às práticas de ontem em relação as de hoje, e não é difícil fazer tal comparação, basta em primeiro lugar "reparar", algo que o escritor lusitano José Saramago deixou bem claro em sua escritura, 




"houve um tempo em que a educação era tratada com descaso e desrespeito,

um tempo que durou dez longos anos, intermináveis, abomináveis, intragáveis,

um tempo por onde a palavra greve era notória,

uma dia elas tomaram e invadiram, com bandeiras e faixas, gritos de guerra,

a própria secretaria de educação,

formou-se um cerco, e quem era sitiante ficou sitiado,

um dia elas se vestiram de luto e caminharam pelas ruas da cidade,

tudo que pediam era justiça, e ela tardava em chegar,

uma dia elas foram para praça da paz e fizeram uma guerra em 'urros e vaias',

foram denominadas de 'vândalos' aos olhos de milhares de almas,

tudo que elas queriam era tudo que tinham a ter por direito:

nada mais do que o repasse salarial, o abono salarial,

o plano de carreira que era um sonho antigo a se tornar pesadelo,

pra falar a verdade nunca houve uma greve

se quer em relação ao bem-estar dos estudantes,

como por exemplo, uma reforma decente, uma sala climatizada,

porém, apesar de certos olhares não 'repararem',

pois pão comido é esquecido,

nunca mais houve greve,

e é lógico que não houve promessa a santos e santas,

bem como, o lobo não virara cordeirinho da noite pro dia,

o que houve fora apenas uma 'mudança' de certas práticas governamentais,

e nem o almuadem seria capaz de não reparar,

quanto mais aquele que apanhou durante uma década,

sem dó e sem piedade"



Os educadores de Rondon do Pará comeram o pão que o diabo amassou durante dez longos anos, e alinda tem uns gatos pingados, cerca de meia dúzia, que ainda estão sentindo saudade deste tempo de luto, descaso e desrespeito à própria educação, por isso não é hora de retroceder!




obs: aos profissionais de educação de rondon do pará, há duas estradas, uma é o retorno ao regime de greves, e o outro nós já conhecemos em tão pouco tempo, e caso esteja com saudade daqueles "belos e graciosos tempos", fique à vontade, mas só não venha levantar bandeiras e se vestir de luto pelas ruas da cidade, seria uma piada sem graça!


Agora em Rondon do Pará, até as salas de aula estão climatizadas, 
algo que seria impensável, improvável, impossível no passado!

Por isso, não podemos retroceder, antes, caminhar, seguir em frente, pois dias melhores virão!











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