18º dia de copa;
“Tinha uma pedra no meio do
caminho do Uruguai, da Itália e da Inglaterra. Essa pedra continuou rolando
ladeira abaixo, e desta vez quem a encontrou foi a Grécia. Estamos falando da
Costa Rica, que acaba de se classifica para as quartas de final, mas como o
próprio nome está a dizer, esta é uma costa diferente das demais, pois ela é
rica, tendo pela frente no próximo jogo a laranja mecânica do craque Arjen
Robben, o melhor da copa até agora, este que despachou os mexicanos. Vamos vê
no que dá!
Inusitado mesmo é acompanhar a
audição do jogo de futebol praticado pelos gregos: o goleiro rola a pelota para
Torosidis, que avança e passa para Karagounis; este, chegando no carocinho do
abacate deixa para Katsouranis, que empurra
para as quebradas da direita e solta para
Salpingidis, que dribla um, dois, e vai no fundo e cruza – é ripa no
chulipa, pimba na gordochinha, é fogo na mulher do guarda, e é gol de cabeça de
Christodoulopoulos! Deve ser fogo mesmo narrar um jogo dos helênicos!
Vocês notaram: nós temos uma
seleção que chora mais que mulher de malandro – chora na hora do hino à capela;
chora quando vê a bandeira de ordem e progresso balançar no mastro; e chora na
hora agá – na hora de bater o pênalti, na hora da decisão. E aí, a gente lembra
do capitão Dunga nas copas em que o mesmo disputou, com garra, força e gana; a
gente lembra também do baixinho Romário, quando este disse antes de começar a
copa de 94, ‘esta copa é minha, peixe’. E aí a gente vê o capitão atual Thiago
Silva, com cara de bom moço, sentado em cima da bola, chorando e pedindo pra
não bater o pênalti – e aí a gente vê o menino Neymar, procurando pela
Marquezine ao invés de procurar pela gorduchinha, como diria, o grande narrador
esportivo do rádio Osmar Santos.
É Felipão, a Rússia já foi, mas
que por aqui o negócio da russo pra caramba, isso tá!
Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica
Literária
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