20º dia de copa;
“Ontem fiquei pensando cá com os meus botões: já pensou o
coitado do professor que recebe uma sala entupida de meninos e meninas advindos
de quarenta lares diversificados, muitas vezes sem pais, morando com avós,
irmãos, tios, cada um com a sua peculiaridade, com seus trejeitos, e o pobre do
professor, durante quatro horas diárias tem que dá conta, além das tarefas
pedagógicas, tem que atuar como um grande psicólogo pra equilibrar as diversas
situações. Agora, imagine na copa, todos aqueles marmanjos da seleção
canarinho, ganhando fortunas, e que depois de toda aquela choradeira no
Mineirão, hão de receber uma especialista na área da ciência do espírito pra
aguentar o tranco. E há quem diga que a labutação diária do professor é moleza,
com giz, saliva, e a contas a pagar, e nadica de nada do tal psicólogo – nem o
cheiro sequer. Sabe de nada não!
Agora, vamos à copa!
Pelo jeito, como os jogos foram disputados nestas oitavas de final, parece que
não há mais ninguém bobo em matéria de futebol. Foram jogos duríssimos,
apertados, emocionantes. O Brasil suou pra levar nos pênaltis; a Alemanha levou
um calor danado e quase fica no meio do caminho; a Argentina, se na tivesse o
Messi, não chegaria a lugar nenhum; a Bélgica, apontada antes como a grande
surpresa da copa, levou um sufoco dos meninos do Tio Sam.
E por falar nos States, a cada jogo dos Estados Unidos nesta copa, a
torcida bate novos recordes de audiência em matéria de futebol, ultrapassando
inclusive a final do Basquete. Que coisa, hein!
Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica Literária
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