terça-feira, 1 de julho de 2014

Como legado, um abraço fraterno entre flamenguista e vascaíno no Maracanã! - 19º dia de copa;

19º dia de copa;





“Uma das indagações que sempre pinta na mídia esportiva logo quando o Brasil é eleito a realizar um grande evento como este, a copa do mundo, é em relação ao legado – qual será o legado que esta copa deixará ao povo brasileiro? Poderíamos dizer, sem medo de errar, que vários são os legados que teremos após o apito final no Maracanã, dia 13 de julho. Um deles é o comportamento racional que os torcedores deverão apresentar em nossas arenas esportivas nos devidos campeonatos regionais. Como belo exemplo, visto em todas as partidas até agora, podemos crer que corinthiano e o palmeirense podem sentar um junto do outro, numa convivência pacífica, sem que um tenha que matar o outro, como estávamos acostumados a notabilizar; assim também, poderemos observar atleticanos e cruzeirenses; vascaínos e flamenguistas; colorados e gremistas. Este é um belo legado que esta copa poderá nos deixar: um torcedor pode sentar ao lado de outro contrário em paixões, sem que o primeiro tenha que mutilar o segundo. Será?

Quase ninguém está dando o devido valor à França de Victor Hugo, porém, os blues estão de grão em grão subindo os degraus – desta feita foram os nigerianos a cair em Brasília, e como os alemães passaram pelos argelinos em Porto Alegre, teremos um grande clássico nesta sexta, e quem ganhar, caso a família Scolari passe pela Colômbia, teremos uma pedreira na semifinal.

E o Felipão, hein! Depois que a dona Dilma convidou a mídia esportiva brasileira a tomar um chá em Brasília, solicitando à imprensa que não falasse em greves e protestos na época da copa, agora foi a vez do carrancudo técnico da seleção brasileira, pedindo ajuda aos jornalistas a fim de que os mesmos não critiquem os canarinhos. Reitero: o que falta na seleção é apenas uma coisa, e bem simples – falta um esquema tático em campo, e não um amontoado de meninos trajados de amarelo com cara de chorões, esperando que o Fred simule novamente uma falta dentro da área, ou que o Neymar possa driblar um, dois e três, após um chutão dos zagueiros. Isso é muito pouco pra quem viu muito mais!



Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica Literária



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