16º dia de copa;
“Depois de 15 dias de copa, hoje
foi dia de descanso, antes da chegada das oitavas de final que tem início a
partir de amanhã, quando as emoções se afloram novamente. Tirando isso, hoje
foi dia de conjecturas por parte de comentaristas que querem de qualquer forma
escalar a seleção de Felipão. E não é que o carrancudo está quase engolindo os
anseios da imprensa? Ao que tudo indica haverá alterações no meio e
possivelmente em uma das laterais. Está valendo aquele ditado: água mansa em
pedra dura tanto bate até que fura. Agora, vai que... de repente, mais do que
de repentemente, o Fernandinho joga contra o próprio patrimônio – goooool... é contra...
é de Fernandinho... é do Chile! O jeito será isentar o Scolari por mais uma
burrice da mídia esportiva brasileira, depois de tantas outras.
Mas Deus é brasileiro, como diz o
outro, embora o Papa seja argentino. Neste caso, valendo-se do Chile apenas dos
versos de Neruda, e não sendo estes nossos vizinhos, creio que não haverá misericórdia:
os meninos da terra de Drummond irão passar fácil. Mas caso fique pelo caminho,
tudo bem, é só mais um jogo de futebol: a vida continua, como imortais são os
versos de Neruda e Drummond.
O lamentável da copa até agora,
indiferente à mordida do Suárez, bem como, o vexame dos africanos que mais se
preocuparam com as contas bancárias do que jogar futebol, foi mesmo aturar a
imbecilidade do Galvão Bueno e seu amor eterno e infantil por parte do garoto
Neymar. Geralmente, a fim de fugir deste lado torpe galvaniano, ligo o rádio
enquanto assisto aos lances pela TV. É gostoso viajar pelas ondas do rádio,
pois se o jogo está morno, o rádio refaz a velocidade, como num romance, ao
misturar o real à ficção, e no dizer do radialista, a bola passou rente à
trave, tirando tinta do poste, embora, bem sabemos pelo replay, que a bola
passou tão longe quanto o sertão virou mar. Mas isto faz parte do jogo, faz
parte do show!
Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica
Literária
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