7º dia de copa;
“Corinthiano é bicho esquisito
mesmo. Imagine só berrar ‘timão, timão’, durante um clássico de futebol mundial
entre Uruguai x Inglaterra na terra da garoa – na famosa Sampa de Caetano. É
muita falta de juízo; bom, quem disse que corinthiano tem juízo – corinthiano
tem paixão; fiel até aos mais bizarros momentos – como aqueles produzidos no
Itaquerão na tarde de hoje na maior cara de pau, meu!
Em Brasília, antes disso, solo
sagrado que contém o mais belo por do sol brasileiro, tivemos uma invasão
colombiana. Até deu pra notar alguém na arquibanca lendo algumas páginas de
“Cem anos de solidão”, do aclamado Gabriel Garcia Marquez. E viva a Colômbia:
desta vez sem pó e Valderrama; este último, o seu maior craque de futebol, já o
primeiro, a maldição da América Latina.
Agora, cá com os meus botões,
fico pensando, de acordo com as emoções atribuídas à torcida brasileira, quais seriam as seleções a ficar nas
semifinais juntamente com a família Scolari – Costa Rica, Irã, Austrália? – é
muita pobreza de espírito. Quero vê Brasil x Holanda, x Itália, x França, e até
mesmo com os nossos mais agraciados amigos da terra de Maradona.
Pra terminar, bem baixinho, só
pra gente: este negócio de falar que o Zico foi lá pra terra do sol nascente e
ensinou aquele povo a jogar futebol, ou é uma piada, ou falta de conhecimento
de quem costuma dizer tal asneira, ou muita hipocrisia por parte de vascaíno,
pois o futebol do Japão continua do mesmo jeito da época dos samurais – tão burocrático
quanto os ares e males advindos de Brasília. Negócio de japonês é robótica e
não ‘joga la pelota’, isso já é coisa pra ocidental.”
Por Robson Luiz Veiga
Mestre em Literatura e Crítica
Literária
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